terça-feira, junho 12, 2007

"Encruzilhadas"

A Biblioteca Municipal de Ponte de Sor vai inaugurar no dia 22 de Junho de 2007 (sexta-feira) pelas 22h, a Exposição Colectiva “Encruzilhadas”, Pintura de António Nunes e José Godinho, precedida às 21h, da apresentação do livro ”Sentires” de Maria Albertina Dordio.
A exposição estará patente ao público até dia 17 de Julho de 2007. Esta actividade é organizada pela Câmara Municipal de Ponte de Sor.



António Nunes
Nasceu em Mora em 1964.
É autodidacta.

Exposições
2001 - Exposição "Percursos" – Delegação Regional do INATEL, em Évora
2001 - Exposição "Percursos" – Casa da Cultura de Mora
1995 - II Mostra de Arte Jovem
1995 - Salão de Artes Plásticas "Alentejo contra o Cancro" organizado pelo G.A.E. (Grupo Apoio de Évora) da Liga Portuguesa Contra o Cancro
1994 - Instalação "Fragmentos" baseado no poema "O Operário em Construção", de Vinicius de Morais
1990 - Organizou, com o apoio da Câmara Municipal de Mora, a I Mostra de Arte Jovem, onde participou com poemas da sua autoria.
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De que fala a pintura de António Nunes?
Antes disso, uma questão prévia se levanta. Estaremos nós perante pintura, desenho ou originais de gravuras?Linhas, ideogramas, símbolos, cores, traços diáfanos...
É este o vocabulário minimalista com o qual o autor constrói a sua linguagem.

Mas, o que nos quer comunicar? Haverá alguma mensagem para ser decifrada?
Desde sempre presente nas antigas linguagens da humanidade, o ideograma é portador de um valor mágico e encantatório. Vemo-lo também aqui como estruturante e suporte da imagem final. E, todavia, não é por ele que chegamos à conclusão da existência de uma 'ordem', nem tampouco de uma 'desordem', instalada nos quadros postos à nossa apreciação. Há, se assim o entendermos, uma lógica.

Um fio condutor cuja génese vai além do que é real. Nasce da tentativa experimental de expressar através de signos, determinados objectos filosóficos que mais não são, no fundo, do que os estados de alma do autor.Entramos no campo da intimidade pessoal, das angústias, dos recalcamentos, da tensão psicológica e da sua sublimação.
E, todavia, esta não é (ainda?) a chamada arte psi.
Não sei se estou perante uma questão do domínio da expressividade plástica ou da catarse psíquica.Porque nem num nem noutro caso encontro suficiente justificação do que aqui está presente.O que tem de ser realçado, ataque-se o problema do ângulo que quiserem, é a estilização conseguida na abordagem (umas vezes subtil, outras provocatória) de temas como o erotismo ou a sexualidade, assumindo o risco da sua incompreensão formal. Ainda a coerência do conjunto exposto.

Á arte dita moderna tem por fundamento, "grosso modo' a expressão da subjectividade, dos sentimentos de tensão e de crise. Na sua maioria, as pessoas são totalmente incapazes de apreciar tal coisa, sendo este um bloqueio mental que se encontra distribuído de modo bastante democrático por todas as classes sociais. Veremos como reage o público.
Manuel Luís Canelas

José Godinho
Nasceu em Beja em 1979.
Licenciatura em Matemática Aplicada, na F.C.U.L.
A pintura encontra-se presente desde cedo, tendo surgido como um passatempo que adquiriu maior importância com o passar do tempo.

Exposições Individuais
2007—Exposição "2.0" - Lisboa
2006—Exposição "Narcissus" - Lisboa
2005—Exposição "The Puppet Show" - Lisboa
2004—Exposição "Slow Like Honey, Heavy With Mood" - Lisboa
2001—Exposição "Naturezas Humanas" - Beja
2000—Exposição"Encruzilhadas" - Beja
1999—Exposição"Olhos D'Água" - Beja
1998—Exposição"Novos Olhares Sobre Uma Realidade" - Beja

Exposições Colectivas
2006—"Colectiva de Inverno" - Oliveira do Hospital
2005—"2005" - Lisboa
2000—"Arte(s)" - Lisboa
1999—"Raízes Culturais" - Lisboa

Em 1999, recebeu o 1º lugar no concurso de criação de um logótipo para o DEIO (Departamento de Estatística e Investigação Operacional) – F.C.U.L.
Nesse mesmo ano, recebeu ainda o 2º prémio no concurso de contos “Os jovens e o novo milénio”, organizado pelo I.P.J. Delegação de Beja.

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José Godinho é um autodidacta na pintura e estamos perante uma exposição retrospectiva, composta por trabalhos que fizeram parte de quatro das suas colecções mais recentes: "The Puppet Show" (2005), "Once More, With Feeling" (2006), "Machina" (2006) e "2.0" (2007).

A sua pintura toma forma a partir do acrílico sobre tela e a sua inspiração mais directa vem da música. Os seus quadros recebem o título de versos dos temas musicais que, através das letras e sonoridades, tocam e despertam a criatividade dos seus sentidos.

A crescente velocidade com que a contemporaneidade nos obriga a viver as nossas vidas transparece na rapidez com que reinventa a sua pintura. Em cada colecção procura ser diferente, pelo que, no seu conjunto, a sua obra não é uniforme. As cores e as formas variam a cada colecção. Não tem um estilo próprio, tem vários. A cada estilo busca incessantemente o sentido - estético, sentimental ou emocional - para a corporização das suas criações.



Galeria
Encruzilhadas


Maria Albertina Dordio
Nasceu em Ervedal em 1942.

Fez a sua formação liceal em Ponte de Sor e o curso de professora do 1º Ciclo do Ensino Básico em Portalegre, onde passou a residir.
Desde muito jovem começou a escrever poesia e prosa, com os quais ganhou diversos prémios literários.
Colabora em vários jornais e rádios.
Participa em antologias e colectâneas de poesia
É autora da letra de vários hinos e colabora –com textos— na criação da Página WEB do Orfeão de Portalegre.

Da sua bibliografia constam os seguintes títulos:
Encontro: poemas - 1987
Portalegre, a cidade e a serra: poemas – 1989*
Transparências: poemas – 1991*
Sentires: poemas – 2005*
Antologia da Poesia Contemporânea Portuguesa
Colectânea de poesia do Concelho de Portalegre

* - Disponíveis na Biblioteca Municipal

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